O relatório da MEF analisa o comportamento do brasileiro nas relações de trabalho, quando o mesmo teve que usar os próprios equipamentos pessoais para executar suas atividades. Nem todas as empresas oferecem computadores e aparelhos de seu próprio portfólio para utilização, o que obriga o empregado a arcar com mais despesas. Não só o pessoal se mistura com o profissional, como também surgem gastos a mais, como o maior consumo de energia.
Mais da metade dos brasileiros usa seu celular para trabalhar
A pesquisa sobre o estilo de trabalho constatou que 66% dos trabalhadores do Brasil aderiram ao uso de smartphones pessoais para realizar tarefas profissionais. O número representa 5% a mais do que o registrado em 2019. A situação se agrava com a relação de subsídios dos empregados. 75% estão cobrindo suas próprias contas extras, representando 1% a mais do que a última pesquisa. 14% dos entrevistados dizem usar aparelhos da empresa, enquanto 11% tem as despesas pagas por suas companhias, mesmo usando seus aparelhos pessoais. Os dados apresentam uma tendência prejudicial aos trabalhadores: “pagar para trabalhar”. Enquanto ambos os lados tentam se adaptar à pandemia de COVID-19, as empresas se isentam dos custos extras de seus funcionários por burocracias ou por escolha própria. Nessa situação, os funcionários ficam presos em suas próprias demandas. Segundo a pesquisa da MEF, 60% disseram que a principal funcionalidade usada em seus aparelhos pessoais é o envio de imagens. Na sequência, estão as mensagens privadas e o acesso aos contatos, que representam 51% e 47%, respectivamente. A pesquisa também mostra que 44% dos contratantes dos entrevistados liberaram o home-office durante a pandemia. Enquanto isso, 28% não estão em suas casas e outros 28% não ouviram nada a respeito sobre o estilo de trabalho sobre suas empresas, o que dá para deduzir deste caso que ainda estão presencialmente. As solicitações dos contratantes vão de roteadores Wi-Fi (34%) e redes privadas (28%) até demandas de armazenamento em nuvem (25%). No último ano, o meio corporativo modificou muito o seu estilo de trabalho. Não apenas no home-office, mas nas práticas que parecem perdurar até depois da pandemia. O cenário atual não se mostra muito favorável para o brasileiro, que está suscetível a desenvolver mais estresse e problemas por conta da alta carga de demandas. Dessa maneira, muitos pedem pelo trabalho híbrido quando for seguro a todos retornarem às suas posições presencialmente. Resta aguardar se esse pedido será atendido pelas corporações.
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