O projeto está sendo discutido com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e conta com o apoio da Ambev. A expectativa é que o open delivery seja lançado até março de 2021. A proposta da Abrasel é conectar restaurantes e bares de todo o país que ofereçam serviços de entrega. O open delivery dará mais autonomia para que cada bar ou restaurante escolha o aplicativo de delivery que desejar, inclusive aqueles que cobram taxas mais baixas. A iniciativa deve impactar aplicativos como iFood e Uber Eats, que dominam o mercado nacional. Atualmente, cada serviço de delivery como iFood e Rappi, por exemplo, possuem uma plataforma diferente da outra. Quando uma empresa fecha parceria com esses aplicativos ela precisa aprender a usar o sistema de pagamento e recebimento de cada uma delas. A proposta do open delivery é criar um único software aberto permitindo que todas os prestadores de delivery e todos os bares e restaurantes consigam usar. Como explicou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, em entrevista ao InfoMoney. Segundo a Abrasel empresas de diversos setores foram convidadas para participar das reuniões preliminares, mas ainda não foi fechada nenhuma parceria. Nomes como Rappi, Magazine Luiza, Stone, Google, Rede (Itaú) e Get Net (Santander) participaram das conversas e a estimativa é que até o final do ano o projeto comece a ser organizado.
O que deve mudar para o cliente
De acordo com a Abrasel, a interface dos apps deve continuar a mesma. Mas com a criação da plataforma open delivery os consumidores teriam mais opções de serviços de delivery de comida. Se novas empresas optarem por entrar no mercado de delivery tanto o cliente quanto os restaurantes terão mais opções na hora de combinar uma entrega. Um mesmo prato poderá ser encontrado com preços diferentes no app, porque os restaurantes poderão cobrar uma taxa para o Rappi, uma para o iFood e outra para a Google, se a empresa aceitar entrar no open delivery, por exemplo.
Open delivery integrado ao Pix
A Abrasel também pretende manter negociações com o Banco Central (BC) para integrar o PIX, novo sistema de pagamentos instantâneos que substitui DOC e TED, ao open delivery. A solução de integrar o PIX ao open delivery vai permitir que os bares e restaurantes consigam receber o pagamento imediato. Como atualmente o pagamento não é instantâneo o cliente pode cancelar o pedido mesmo depois que o prato começou a ser preparado. Além disso, alguns consumidores cancelam o pagamento mesmo tendo recebido a comida, o que gera muito prejuízo para o setor. A parceria entre o open delivery e PIX poderia trazer mais garantia para bares e restaurantes. O que você achou da proposta? Conte para gente nos comentários. Não deixe de conferir também uma matéria que fizemos sobre o protesto dos entregadores de apps cobrando melhores condições de trabalho. Fonte: InfoMoney; Valor Econômico