Para te ajudar a descobrir se o Galaxy S10e continua sendo uma boa compra em 2020, revisitamos o modelo nove meses depois e avaliamos os seus aspectos mais importantes. A seguir, confira como o smartphone da Samsung se saiu na nossa análise:

Design e tela

Ainda que a tendência seja telas cada vez maiores, o Galaxy S10e foi aclamado por ser um dos poucos modelos atuais com hardware top de linha e tamanho compacto. De dimensões similares às do iPhone X e menor que o Galaxy S9, o aparelho traz consigo uma tela de 5,8 polegadas, com resolução Full HD+ e mesma proteção contra água e poeira vista nos outros integrantes da linha. Na prática, não é tudo idêntico ao S10 e S10+, já que a resolução é inferior e a tela do Galaxy S10e não traz aquelas curvas que invadem a lateral. Embora seja mais simples, há quem diga que até prefere esse tipo de display, já que ele não sofre com as distorções de cor e toques acidentais gerados pela curvatura. Ainda na parte frontal, é importante citar que as tecnologias de destaque da linha Galaxy S10, como o AMOLED Dinâmico e o suporte ao padrão HDR10, que prometem maior precisão de cores e brilho, continuam presentes. Também, ao contrário do que aconteceu com o iPhone XR em relação ao X, as bordas do S10e não são mais grossas. Partindo de vez para as laterais é possível encontrar outra distinção do modelo: o leitor de impressões digitais. Apesar de ser menos sofisticado que o sensor ultrassônico encontrado sob a tela dos modelos Galaxy S10 e S10+, o leitor do S10e é mais rápido e, segundo alguns, mais prático também, já que serve inclusive para puxar a barra de notificações. Em nossos testes, o desbloqueio por digital no Galaxy S10e realmente se mostrou muito mais rápido que nos irmãos maiores. É praticamente imediato. Na parte traseira o Galaxy S10e continua a mostrar que não deve em nada ao restante da linha. Disponível nas cores preta, azul, branca e amarela (sendo que estas últimas tem um acabamento polarizado bem bonito), ele traz linhas mais arredondadas que os irmãos maiores. Olhando com mais atenção às câmeras, é possível notar a ausência do sensor de batimentos cardíacos e a presença de apenas duas câmeras, em vez das três, mas este tópico apontaremos mais adiante.

Hardware e desempenho

Como afirmamos mais acima, o Galaxy S10e é, se não o único, um dos poucos modelos disponíveis no Brasil a trazer um hardware topo de linha e uma tela abaixo de 6 polegadas. Ao abrir a lista de especificações, encontramos um “foguetinho de bolso” com poder de sobra e que não deve apresentar sinais de lentidão tão cedo. O processador de fabricação própria da Samsung (Exynos 9820) tem oito núcleos de processamento, podendo chegar a 2.7GHz de velocidade, e a GPU (uma Mali-G76 MP12) é capaz de executar qualquer jogo da Play Store sem travamentos. Neste ponto, o Galaxy S10e tem até uma vantagem sobre os demais topos de linha, já que sua resolução de tela inferior facilita o processamento das imagens, além de fazê-lo consumir menos energia, sem que o usuário precise configurá-lo para tal. Da mesma forma que o chipset, os 128GB de armazenamento e 6GB de memória RAM são mais que suficientes no uso do dia a dia. Porém, caso você goste muito de gravar vídeos em 4K, ter milhares de fotos e centenas de aplicativos, é possível que você precise de um cartão microSD: o Galaxy S10e suporta cartões de memória de até 2TB, mas é preciso escolher entre usar o cartão ou usar mais de um chip de operadora. No que diz respeito ao restante da lista de especificações, o S10e conta com Bluetooth 5.0; GPS com A-GPS, BDS e GLONASS; NFC; Wi-Fi dual-band nos padrões a/b/g/n/ac/ax e os sensores de sempre: sensor de proximidade, de luz, barômetro, acelerômetro, giroscópio, bússola e magnetômetro.

Software e recursos

O Galaxy S10e foi lançado com o Android 9 Pie, mas o modelo brasileiro já está entre os que receberam atualização para o Android 10. A interface lançada este ano pela Samsung, a One UI 2.0, também recebeu mudanças que a deixaram ainda melhor. Com visual colorido e altamente personalizável, a One UI 2.0 modifica completamente a experiência Android, mas sem deixar o aparelho com desempenho arrastado, como as antigas interfaces faziam. Além da agilidade, outro aspecto positivo da skin é a sua coerência visual, que deixa as funções e aplicativos do smartphone mais fáceis de usar, além de agradar aos olhos. No que tange os recursos oferecidos no sistema, é importante citar que o Galaxy S10e traz praticamente tudo o que foi anunciado na linha, incluindo o sistema de pagamentos Samsung Pay e o Samsung DeX, que permite utilizar o smartphone como um computador de mesa, ligando-o a um monitor, um mouse e um teclado. A única função que ficou de fora do S10e foram os sensores de batimento cardíaco e oxigenação sanguínea, que parecem estar desaparecendo dos topos de linha da fabricante como um todo.

Câmeras

O fato do Galaxy S10e utilizar o mesmo conjunto de hardware e as mesmas câmeras dos irmãos maiores são dois dos seus principais atrativos. Na câmera frontal temos o mesmo sensor de 10MP nos outros modelos, enquanto na parte traseira o conjunto também é o mesmo, com exceção da câmera de zoom que não está presente. Apesar da câmera a menos, o ponto positivo é que a qualidade não foi prejudicada em nada. Claro, em fotos com zoom, o aparelho utiliza zoom digital em vez do óptico, o que prejudicará a qualidade da imagem. Porém, nas fotos com as câmeras principal e grande angular, além das selfies, o resultado é sempre o mesmo dos modelos maiores. Em geral, as fotos e selfies no Galaxy S10e saem com ótimos níveis de contraste e cor, graças ao HDR muito eficiente. Mesmo em ângulos onde a luz, à princípio, não favorece, o smartphone sabe distinguir o que é claro do que é escuro e deixa as fotos bem dramáticas, principalmente caso o usuário utilize o recurso “otimizador de cena”. Já nas fotos com o modo retrato, a distinção do que é fundo e do que é o objeto a ser fotografado também é convincente, além de permitir que o usuário altere o desfoque depois de tirar a foto. Todavia, apesar dos elogios, basta escurecer um pouco que o desempenho das câmeras cai bastante, e embora a Samsung já ofereça um modo noturno, inclusive para a câmera frontal, ele não é tão competente quanto o visto nos Google Pixel ou nos novos smartphones da Huawei. Por fim, o Galaxy S10e ainda oferece o Modo Pro, que permite controlar diversos ajustes manuais da câmera e é capaz de gravar vídeos em 4K a 60 quadros por segundo, algo que nem todos os topos de linha podem fazer. Ele também grava vídeos em super câmera lenta (960 quadros por segundo) e traz um modo de câmera exclusivo para o Instagram, que preserva um pouco mais a qualidade das fotos postadas na rede social.

Bateria

Finalmente chegamos ao calcanhar de aquiles do Galaxy S10e. Isto porque, além do corpo e tela menores, ele também traz uma bateria reduzida, o que prejudica (e muito) sua autonomia. No uso comum do dia a dia, com navegação na internet, Wi-Fi ligado e brilho automático, o aparelho suporta exatamente 12 horas de uso (saindo do carregador as 8 da manhã e pedindo o novamente por volta das 20 horas) e faz, no máximo, 6 horas de tela. No entanto, é com o uso do 4G que essa métrica já não tão boa fica pior: com a conexão via dados móveis, o Galaxy S10e dificilmente passa das 5 horas e meia de tela, pedindo o carregador antes do fim do dia, algumas vezes. Embora este seja um problema grave do aparelho, o que acaba ‘quebrando um galho’ é o carregamento rápido, que consegue carregar os primeiros 45% da bateria em meia hora. E por falar em carga, é válido citar o suporte do Galaxy S10e ao carregamento rápido sem fio e à função Wireless PowerShare, que permite utilizar o próprio smartphone como uma estação de carregamento sem fio para outros dispositivos que sejam compatíveis, incluindo smartwatches, fones de ouvido e até outro smartphone. Embora o recurso seja útil, considerando que bateria é um recurso escasso neste caso, o melhor é evitar utilizá-lo.

Veredito

Após analisar quesito por quesito, chegou a hora de responder: o Galaxy S10e continua sendo uma boa opção de compra para 2020? A resposta imediata a ser dada é “Sim“, mas ainda precisamos explicar o que nos faz ter essa conclusão. Para começar, é preciso lembrar que o modelo perdeu quase a metade do seu preço com o passar do ano. Ao vê-lo ser vendido na faixa dos R$ 2.124,00. na maior parte do varejo, fica difícil lembrar que ele chegou em abril por muito mais: R$ 4.299. Apesar da queda de preço, o modelo não perdeu nenhum dos seus atributos positivos, como as ótimas câmeras, o bom acabamento e o hardware topo de linha. Ele é bastante superior a outros intermediários premium do mercado, que custam na faixa nos R$ 2.000 a R$ 2.500 reais, o que faz dele um dos melhores custo-benefícios hoje. Tem um Galaxy S10e ou pretende comprar? Deixe nos comentários se você curtiu essa re-análise e confira nosso review completo sobre o smartphone no link abaixo:

Galaxy S10e: especificações técnicas

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