ATENÇÃO: Este texto contém spoilers do sexto episódio da oitava temporada de Game of Thrones Com o nome de O Trono de Ferro, o último episódio marcou o fim de um fenômeno mundial que juntava as pessoas ao redor do mundo todo domingo para assistir a um novo episódio. Não pôde assistir ou assistiu e sente que perdeu alguma coisa? Ou ainda não superou e precisa relembrar o que aconteceu para conseguir assimilar as informações? Leia o texto para se atualizar sobre o último episódio da última temporada de uma das maiores séries da história da televisão.
O episódio anterior
O quinto episódio da oitava temporada de Game of Thrones foi exibido na semana anterior, no dia 12 de maio. O penúltimo capítulo da série mostrou a invasão de Daenerys Targaryen em Porto Real. O episódio também mostrou a morte de alguns dos personagens principais da série, como Jaime e Cersei Lannister, além do massacre de diversos habitantes de Porto Real. Agora, o último episódio de Game of Thrones mostra o dia seguinte, quando Daenerys finalmente consegue o que ela sempre quis: o Trono de Ferro e os Sete Reinos.
O último episódio de Game of Thrones
Dirigido pelos co-criadores da série, David Benioff e D.B. Weiss, o último episódio de Game of Thrones começou com Tyrion Lannister caminhando entre as cinzas de Porto Real, devastado e sem acreditar no que a rainha que ele escolheu defender fez. Ele se encontra com Jon Snow e Sor Davos, mas decid ir falar com Daenerys sozinho. Ao andar pela cidade com Davos, Jon encontra Verme Cinzento prestes a matar prisioneiros que lutaram por Cersei Lannister, mas que tinham se rendido. Ele tenta impedir o líder dos Imaculados de matá-los, mas isso quase gera um conflito enorme Tyrion anda pelo centro da Fortaleza Vermelha e encontra Jaime Lannister morto entre os escombros, pondo fim a uma teoria de que ele teria conseguido sobreviver. Ele vê os dois irmãos mortos, um nos braços do outro. Arya Stark continua em Porto Real, mesmo após ter encontrado um cavalo no penúltimo episódio que pensamos que iria levá-la de volta para Winterfell. O exército de Dany se alinha esperando a rainha, que chega nas costas de Drogon. Jon está claramente abalado com o que aconteceu, mas sobe mesmo assim para ficar ao lado de Daenerys. A Fortaleza Vermelha está destruída, mas uma grande bandeira dos Targaryen cobre as destruição. Em dothraki, Dany agradece o povo de seu antigo marido pela luta. Em alto-valiriano, ela nomeia Verme Cinzento como comandante de suas forças, o Mestre de Guerra da Rainha. Quando Tyrion chega ao lado da rainha, Daenerys logo diz que ele cometeu traição por ter libertado Jaime. “Eu libertei meu irmão“, ele diz. “E você massacrou uma cidade.” Logo depois, ele arranca o pingente de Mão da Rainha. Dany manda levarem Tyrion preso, ela então vê a expressão no rosto de Jon Snow e percebe que ele não aprova nenhuma das coisas que ela fez desde que chegou em Porto Real. Jon então reencontra Arya, que tenta convencer o irmão a deixar a capital pois ele sempre será uma ameaça ao reinado de Dany. Jon visita Tyion na prisão. Após os dois conversarem sobre o que Dany fez, seus motivos e como ela irá matar qualquer um em seu caminho para alcançar seu objetivo de libertar a todos “e a governar eles”, Tyrion faz um último apelo para Jon considerar usar seu direito ao Trono de Ferro. Na sala do Trono, a visão de Daenerys se concretiza: ela encontra a sala coberta de algo que ela tinha visto na Casa dos Imortais. Antes era pensado que ela viu neve, como um presságio da chegada do Rei da Noite, mas era, na verdade, eram as cinzas de tudo que ela queimou. Jon a encontra na sala, que está destruída, com exceção da cadeira feita de espadas. Jon a confronta, falando sobre as crianças mortas e pedindo para que ela seja misericordiosa com Tyrion. Dany pede para que ele fique com ela e liberte todos com ela. Jon diz que ela é a rainha dele agora e para sempre. Os dois se beijam e Jon enfia uma adaga em Dany, matando-a. Drogon vê a mãe morta e fica furioso. Ele queima a sala do Trono de Ferro, destruindo a cadeira que gerou as intrigas desde o começo de Game of Thrones. Depois de derreter o Trono de Ferro, Drogon voa para longe de Porto Real. Tyrion é levado para seu julgamento e encontra os lords de Westeros, incluindo Sansa, Arya e Bran Stark, Yara Greyjoy, Gendry Baratheon, Brienne de Tarth e Sam Tarly. Jon Snow é prisioneiro por ter matado a rainha, então Tyrion pede para que os senhores mais poderosos do país que escolham um novo rei. Lord Edmure Tully, irmão de Catelyn Stark, toma a frente e começa a falar. Sana então pede para que ele se sente. Sam Tarly levanta e sugere uma democracia, para que todos os habitantes dos Sete Reinos possam escolher quem irá os governar. Tyrion então sugere que Bran Stark seja escolhido como rei. Ele pergunta ao garoto se ele aceitaria a coroa caso fosse escolhido, ao que ele responde “por que você acha que eu vim até aqui?”. Tyrion então pede para todos que concordem, digam “eu”. Todos concordam, menos Sansa, que pede para que o Norte seja um reino independente como foi durante milhares de anos. Bran concorda. Tyrion então o nomeia: Bran, o Quebrado, Primeiro de Seu Nome, Rei dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Senhor dos Seis Reinos e Protetor do Reino. Bran então pede para que Tyrion seja sua mão. Ele nega o convite, mas Bran insiste. Tyrion vai conversar com Jon Snow. “Te entregar aos Imaculados geraria uma guerra” ele diz. “Te libertar geraria uma guerra. Por isso, o Rei decidiu mandá-lo para a Patrulha da Noite.” Jon Snow então voltou para onde começou: para a Patrulha da Muralha. “Ainda existe uma Patrulha da Noite?”, ele pergunta. Depois de trocarem algumas palavras, Jon pergunta para Tyrion se foi certo o que ele fez. Tyrion então diz para Jon fazer a mesma pergunta daqui 10 anos. Jon então vai para um navio para ser mandado para a Muralha. Ele vê Verme Cinzento, que está levando os Imaculados para a Ilha de Naath, onde Missandei nasceu. Sansa, Arya e Bran se juntam para se despedir de Jon. Sansa pede perdão, mas ele responde que ela é uma heroína por fazer dos nortenhos livres de novo. Jon pergunta para Arya para onde ela vai, ao que ela respondeu: “O que existe a oeste de Westeros?”. Por fim, Jon se ajoelha para se despedir de Bran. A série corta para Brienne, que está na sala do Comandante da Guarda Real. Ela chega na página de Jaime, que está incompleta, e escreve sobre a trajetória dele desde que o conheceu. “Morreu protegendo sua Rainha” é a frase ela escolheu para encerrar o capítulo que fala sobre Jaime Lannister. Vemos então o Pequeno Conselho, com Tyrion Lannister como mão. Sor Davos, Bronn (não entendemos o motivo) e Sam Tarly, que agora é um Meistre. Sam então apresenta um livro chamado de As Crônicas de Gelo e Fogo (mesmo nome da saga de livros que originou Game of Thrones). Bran entra em seguida, empurrado por Brienne. Podrick aparece como Sor Podrick, agora um cavaleiro da Guarda Real. Bronn agora é o Mestre da Moeda, além de senhor de Campina Alta, antigo lar dos Tyrell, enquanto Sor Davos é o novo Mestre dos Navios. Jon chega à Muralha e encontra Tormund no castelo. A cena corta e o vemos Jon, Sansa e Arya se vestindo e se preparando para seguirem seus respectivos caminhos. Jon se reencontra com Fantasma e FINALMENTE temos uma interação boa entre os dois nesta temporada. Sansa é coroada como Rainha do Norte, como seus dois irmãos já foram, enquanto Arya navega para descobrir novas terras pelo mundo. O último episódio de Game of Thrones termina com Jon Snow liderando os selvagens para pra lá da Muralha ao lado de Tormund e Fantasma.
Afinal, o final foi bom?
Uma frase que todos esperavam que se concretizasse é a de Ramsay Bolton, que disse: “Se você está esperando um final feliz, você não está prestando atenção.” No entanto, foi exatamente um final feliz que encerrou Game of Thrones. A duas “rainhas tiranas” foram mortas e os heróis Starks continuaram vivos. Drogon foi embora sem causar nenhuma destruição além de derreter o Trono de Ferro, como se aquela cadeira tivesse matado sua mãe. Os Imaculados aceitam até que bem a morte de sua rainha. E os outros personagens saem vivos. No final, parece que os criadores resolveram entregar realmente um final feliz que pudesse agradar os fãs e gerar um sentimento já nostálgico sobre o fim de Game of Thrones. A oitava temporada pareceu, ao todo, apressada. Muitas questões ficaram sem resolução, como a profecia de Azor Ahai, por exemplo. Algumas atitudes se mostraram atípicas para os personagens: seja Dany, após punir os traidores se deixar vulnerável para Jon Snow, ou Arya, que após anos e anos querendo se vingar de Cersei, desistiu assim que Cão de Caça a pediu para sair de Porto Real. E o cavalo? Ele serviu apenas para uma cena bonita no penúltimo episódio, pelo visto. Se não fosse apenas isso, Bran ter que se tornar rei pareceu bem forçado. Sansa era a mais preparada dos Starks para governar, além de ser a união definitiva dos Sete Reinos, e Bran poderia ter usado sua sabedoria como Mão da Rainha. Parece que a escolha foi feita pura e simplesmente para manter Tyrion vivo e no círculo dos personagens principais. Com uma série tão grandiosa quanto Game of Thrones, é claro que a expectativa é alta. Mas um final “tão feliz” fez com que o último episódio não parecesse digno da série, principalmente com algumas mortes que não honraram Cersei ou Daenerys. A morte de Jaime e dos que morreram na Batalha de Winterfell fizeram sentido, mas a de Cersei e Dany, não. De qualquer jeito, acabou um fenômeno mundial. Será que alguma outra série nos fará ligar religiosamente a televisão em um domingo para não perder um episódio novo? Mesmo assim, podemos esperar as séries derivadas do mundo fantástico criado por George R.R. Martin que estão sendo feitas pela HBO, sem falar, é claro, no final que o autor irá escrever para a saga nos dois próximos livros d’As Crônicas de Gelo e Fogo.