Fazendo uso da força gravitacional gerada com giros, a ideia da empresa consiste em uma roda que conta com o apoio de um grande motor em um ambiente sem ar, para que no momento certo, o objeto seja enviado para o espaço por meio de uma porta especial. Da mesma forma como brincávamos quando pequenos. Entenda como a ideia poderá impulsionar a exploração espacial agora mesmo.

Redução de custos e tempo

Um dos motivos pelo qual o lançamento de satélites e foguetes é uma ação comum apenas em empresas e grandes países com alta renda é porque isso custa muito dinheiro. Por mais que o turismo espacial já seja uma realidade, o investimento ainda precisa ser alto para que um simples foguete ou tripulação com menos de dez pessoas consiga viajar para o espaço sideral. Estima-se que para cada lançamento do foguete Falcon9, a SpaceX gaste cerca de US$ 1,1 milhão. Outro grande problema que o lançamento de satélites com o uso de foguete ainda possui grandes intervalos. Hoje em dia, mesmo com todos os avanços da NASA e SpaceX, ainda é necessário realizar a preparação de novos lançamentos com um intervalo de semanas ou meses. Focada em acabar com estes problemas, a SpinLaunch apresentou uma “centrífuga lançadora” que possui um custo de lançamento de menos de US$ 500.000. Além disso, se hoje em dia ainda leva muito tempo para que mais foguetes e demais satélites sejam enviados ao espaço, o intervalo seria diminuído em um dia. Confira como a ideia acontece na prática em um vídeo publicado pela empresa em seu canal no YouTube: O vídeo acima é uma amplificação de uma ideia que é 1/3 menor do que já foi feito pela empresa. Em outubro de 2021, a SpinLaunch conseguiu lançar um projétil com três metros de comprimento ao espaço, sem o impulsionamento de propulsores. Após receber o aporte financeiro de US$ 100 milhões, a empresa agora tem o desejo de enviar produtos maiores para o espaço.

Como funciona o SpinLaunch?

Com 100 metros de diâmetro, a base de lançamento, que mais parece uma grande centrífuga conseguirá alcançar a velocidade de 8.000 km/h. Quando o foguete atingir a altitude de 61.000 m e velocidade de 28.200 km/h, estando também na órbita terrestre baixa (também chamada de Low Earth Orbit ou LEO), os propulsores serão ativados. Um designer imaginou o protótipo do projeto, confira abaixo. Entrando em detalhes, o projeto da SpinLaunch alcança, mais ou menos, 10.000 vezes a força da gravidade. Atualmente, o grande foco da empresa é passar a realizar o lançamento de satélites com o mesmo sucesso da SpaceX. Depois de conseguir realizar o envio do projétil de três metros de comprimento, a empresa que criou a grande centrífuga deseja usar a mesma tecnologia para lançar um satélite a uma altitude acima de 20 mil pés ou 60.960 metros do Planeta Terra, mesma distância que a SpaceX alcança antes de ativar o segundo motor de seus foguetes.

SpinLauch pode lançar foguetes com humanos?

Apesar de ser bastante inovadora e permitir que o intervalo de tempo e custos diminuam de forma drástica, a SpinLaunch não estará atuando como grande parceira de astronautas. Isso porque a força gravitacional necessária para que os lançamentos sejam realizados é maior do que humanos podem aguentar. Caso uma pessoa estivesse dentro de uma nave na grande centrífuga, sua pele e músculos seriam arrancados, de acordo com a própria SpinLaunch. Dessa forma, missões com humanos por meio desta tecnologia estão fora de cogitação. O outro motivo é que, por agora, é possível fazer o lançamento de pequenos satélites que pesam no máximo 181 quilos. Um foguete com potência para levar pessoas ao espaço sideral pesa muito mais do que isso. É claro que olhando para modelos como os telescópio Hubble e James Webb, o peso máximo que a SpinLaunch consegue colocar no espaço são baixos. Mas o foco da empresa é outro.

Um impulso para a exploração espacial

Se a ideia da empresa não pode ser considerada um grande apoio para que mais pessoas possam ir ao espaço, então para que será utilizada? A resposta está na alternativa de conseguir realizar o lançamento de satélites de pequenas empresas que não possuem a tecnologia para colocar objetos no espaço sideral. Como os valores de custo e tempo estão muito abaixo do normal que se tem conhecimento nos dias hoje, a SpinLaunch estará atuando como esta ponte no processo do lançamento de pequenos objetos que precisam ser enviados para o espaço. O próximo passo inclui a construção da nova roda, que precisa necessariamente ser feita em um local íngreme para que o devido impulsionamento aconteça. A SpinLaunch optou pelos desertos do Novo México, localizados nos EUA. A NASA esteve testando esta mesma tecnologia em meados de 1960, por meio do projeto HARP (High Altitude Research Project ou Projeto de Pesquisa em Alta Altitude), mas os lançamentos testes práticos nunca aconteceram. Mais de 60 anos depois, a empresa que também é dos EUA teve sucesso justamente pelos materiais utilizados em satélites e demais objetos pesarem menos. O que você achou da nova forma de lançamento de objetos ao espaço? Acredita que a novidade será popular? Diga pra gente nos comentários!

Veja também

Ao contrário da SpinLaunch, a SpaceX possui tecnologia e segurança para levar humanos ao espaço e Elon Musk afirmou em dezembro de 2021 que pessoas como eu e você estariam em Marte nos próximos dez anos. O que acha da ideia do grande bilionário? Fontes: SpinLaunch l Universe Today l Big Think

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