O Showmetech analisou alguns insights do portal Wired sobre o livro do engenheiro de dados, Seth Stephen, Don’t Trust Your Gut: Using Data to Get What You Really Want in Life (Não confie em sua intuição: usando dados para obter o que você realmente deseja na vida). O conteúdo destaca algumas lições de como construir um relacionamento bem sucedido com base em diversos estudos. Entenda:

Como um estudo pode prever relacionamentos

A ciência de dados nada mais é que um estudo de análise de informações que foi responsável por contribuir na construção de inúmeras soluções à sociedade. Como por exemplo, a transformação digital que vivemos hoje, além das diversas soluções de combate a doenças. Mas será que ela também pode oferecer a resposta de como ter um relacionamento bem sucedido? É o que uma legião de estudiosos tentou conseguir analisando o relacionamento amoroso das pessoas. Samantha Joel, por exemplo, estava interessada nos aspectos que preveem a felicidade nos relacionamentos. E em vez de se limitar a uma pequena base de dados (como a maioria), para obter um melhor resultado decidiu coletar informações de estudos já existentes. A pesquisadora acreditava que, ao obter o conteúdo de outros pequenos estudos, conseguiria reunir um grande conjunto de dados suficientes para encontrar o que poderia prever a felicidade de um casal.

Os dados podem dizer o quanto um casal é feliz?

O estudo de Samantha Joel e mais 85 cientistas combinou dados de 43 estudos, além de utilizar ferramentas de aprendizado de máquina. Dessa forma, conseguiu reunir dados demográficos, de aparência física, interesses pessoais, hobbies, saúde mental, gostos sexuais e muito mais. Só que mesmo assim, o resultado não ofereceu informações suficientes para prever o quanto um casal é feliz dentro do relacionamento. A pesquisadora chegou à conclusão de que analisar as preferências de duas pessoas, por maiores os detalhes, não traz informações que possibilitam prever se o casal vive ou não um relacionamento feliz. Ou seja, a ciência de dados não consegue prever a felicidade de um casal com base em uma lista de características em comum. Frustrante? Talvez. No entanto, outros insights sobre o estudo destacam lições que complementam a jornada de alguém que busca um relacionamento bem sucedido.

Por que as pessoas estão se relacionando da maneira errada?

Uma das principais lições que o estudo de Samantha tenta mostrar é que, hoje em dia, as pessoas podem estar namorando de forma errada. Isto porque as informações coletadas de casais, como a aparência física, interesses pessoais, hobbies e mais, são consideradas como essenciais na escolha de um parceiro. Dessa maneira, se inicia uma busca por pessoas que possuem exatamente esses traços na expectativa de que as farão felizes. Mas se as características reunidas pela pesquisa não foram suficientes para prever um relacionamento feliz (como destacamos acima), pode-se dizer, então, que elas não estão relacionadas a essa felicidade. Ou seja, as pessoas que se relacionam com base na importância dessas características em um parceiro podem estar se relacionando da maneira errada.

O que é considerado um sucesso no Tinder (e apps e sites de namoro)?

Diferente dos resultados do estudo sobre felicidade, a análise de descobertas em apps e sites de namoro são mais certeiras, e apontam os desejos como o principal fator de busca entre os usuários — o que pode deixar claro que parceiros românticos são difíceis de se prever com dados, enquanto que os desejados são mais fáceis. Isto sugere, mais uma vez, a possibilidade de que as pessoas possam estar se relacionando da maneira errada. Confira as características listadas pelo estudo como as mais valorizadas no Tinder (e em outros apps e sites de namoro):

Alguém de boa aparência: que é o indicador número 1 de quantas mensagens uma pessoa vai receber no aplicativo, seja homem ou mulher Alguém alto (se for homem)Alguém de uma etnia específicaAlguém ricoAlguém em uma profissão de nível executivo (como advogado), se um homemAlguém com um nome sexy E alguém como nós (as pessoas são 11,3% mais propensas a combinar com alguém que compartilha suas iniciais, por exemplo)

Os dados são problemáticos, mas segundo a reflexão do portal Wired, eles apontam que os usuários acabam sendo atraídos por características que eles próprios presumem como qualidade. Então você se pergunta: é possível que ao seguir essa lista, eu consiga um relacionamento bem sucedido? Sim, mas na mesma proporção de que também não seja, já que não existe nenhum algoritmo que possa prever se duas pessoas terminarão felizes juntas ou não.

Como ter um relacionamento bem sucedido segundo a ciência de dados?

Os insights levantados pela Wired revelam que existem alguns traços do estudo que, apesar de não conseguir prever a felicidade de um casal, apresentam fatores que aumentam as chances de construir um relacionamento bem sucedido. E que não tem nada a ver com as características que uma pessoa procura em um parceiro pela internet, como destacou o estudo de apps e sites de namoro. A principal característica aponta um fator que você provavelmente já ouviu falar. Se você é feliz fora de um relacionamento, então você possui maior probabilidade de ter um relacionamento amoroso bem sucedido. Pode não ser uma ideia revolucionária, mas a análise dos dados afirma que você só estará pronto para um relacionamento de sucesso caso esteja bem com você mesmo. Outra parte do estudo que é considerada importante vem de uma análise feita por ferramentas de aprendizado de máquina, apontando características que apresentam ser completamente irrelevantes para um relacionamento amoroso e bem sucedido. Elas são: altura, ocupação, religiosidade, atratividade física, gostos sexuais, etnia, estado civil anterior e semelhança consigo mesmo. Estas características são semelhantes àquelas do estudo sobre apps e sites de namoro. Caso você não tenha concordado com aquela listagem, saiba que não foi o único. Este recorte analisado por 11 mil casais de longa data confirmam que nada disso prevê a felicidade no relacionamento. Revelando, inclusive, que pessoas solteiras podem ser facilmente iludidas por seus desejos. Veja Também: Bilionário do Tinder? Conheça o caso brasileiro de golpe por aplicativo de relacionamento! Fonte: Wired

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