No ranking de 2019, a Tesla apareceu quase na metade da lista das 500 maiores empresas do mundo. Nesta edição, porém, a marca cresceu centenas de posições e agora aparece no 42.º lugar, colada em nomes bastante tradicionais, como o Citibank, Coca-Cola e McDonald’s. A lista destaca que a empresa teve uma valorização de mais de 157% no período de um ano, frente aos 87% obtidos pela Apple ou os 108% do Alibaba. Além disso, em números absolutos, a valorização foi de US$ 19,5 bilhões, passando a valer US$ 31,9 bi (cerca de R$ 174 bilhões). O relatório destaca que a força motriz que contribuiu para este crescimento vem da inovação tecnológica, bem presente no cotidiano da Tesla. Isso inclui o fato de, hoje, a marca valer mais que outras fabricantes automotivas mais conhecidas. Nos últimos anos, a empresa californiana bateu sucessivos recordes de vendas e se expandiu mundialmente, ao ponto de inaugurar uma fábrica em Xangai, na China, onde produz o Model Y, com preço inicial de US$ 50 mi ou R$ 270 mil.
Mercado Tech tem fatia de 14% das marcas mais valiosas
O relatório da Brand Finance é bastante claro ao tratar sobre o mercado tech. De acordo com os responsáveis pelo estudo, o simples fato de inserir a tecnologia no cotidiano da empresa já fez a marca se valorizar em 2020. O documento traz como exemplo a pandemia do novo coronavírus, que provocou o isolamento social em centenas de países e fez com que a inovação estivesse mais presente na vida das pessoas, principalmente daquelas que estiveram – ou ainda estão – trabalhando remotamente. Nesse cenário, os resultados mostram que o ramo da tecnologia tem, pelo menos, 14% das representantes das 500 maiores empresas do mundo, representadas por uma cifra aproximada de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,4 tri).
Mas nem tudo são flores…
Apesar dos resultados positivos alcançados pela categoria, por outro lado, a tecnologia faz parte de um grupo pouco bem-visto pela sociedade. Em uma escala de 0 a 10 que mede a reputação dos setores da Economia, a tecnologia ficou com nota 7,1. Esse índice a insere no top 10 setores com menor reputação. No grupo, estão inclusos os serviços de logística, imobiliárias, aéreo, segurança e bancos. Este último foi o menor avaliado, com nota de 6,3.
AMD na lanterna, mas é destaque entre americanas
Embora esteja longe de compor o seleto grupo das maiores empresas do mundo, como a Tesla, a AMD foi a corporação norte-americana que apresentou o maior crescimento no valor de marca em 2020, no ranking exclusivo de estadunidenses. Em um ano, a fabricante de hardwares subiu 186 posições, saltando do 473.º lugar para a 287.ª posição. A valorização da marca superou a da Apple, proporcionalmente, atingindo um pico de 89% em um ano. O montante oficial da AMD está em US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 14,7 bi) Em entrevista, o CEO da AMD, John Taylor, disse que está muito satisfeito com o resultado da marca, que agora está entre as mais valiosas dos Estados Unidos. Para ele, a companhia está sempre olhando para o futuro, portanto, quer fortalecer ainda mais a imagem e construir relacionamento com os clientes em toda a cadeia.
Airbnb teve pior desempenho
Após bater recordes recorrentes de valorização, o Airbnb foi a empresa americana mais prejudicada em 2020, segundo o levantamento. Devido às restrições sanitárias aplicadas mundialmente, o aplicativo teve uma queda de 40% em seu valor de marca. No entanto, conforme veiculou o Showmetech, esse resultado não foi páreo para que os investidores deixassem de confiar na startup, que captou US$ 3,5 bilhões em investimentos no início de janeiro. Fonte: Brand Finance